Hoje é o dia do meio ambiente e certamente seremos bombardeados por anúncios sobre este tema. No momento em que a preocupação com questões ambientais é cada vez mais importante, passa a ser estratégico que as empresas mostrem que são ecologicamente corretas através de um programa de Marketing Ambiental, também chamado de Marketing Verde. Mas é preciso tomar cuidado para não assumir uma falsa posição ambiental.
Este tipo de estratégia é representado pelos esforços das empresas em satisfazer as expectativas dos consumidores de produtos que determinem menores impactos ambientais. Mas adotar um programa desse tipo não é tão simples como parece. Tudo deve ser encarado com seriedade e não como uma simples declaração de “amor à natureza”.
O que algumas vezes acontece é que muitas organizações acabam por ser acusadas de fazer "Greenwash" - ou seja, camuflar o seu negócio para que pareça mais verde e, na verdade, ser pouco ou nada verde na essência.
Um exemplo claro de como as empresas estão optando por este posicionamento a qualquer custo é a diferença entre duas empresas de pincéis que se mostram responsáveis. Uma diz que seus cabos não são feitos de madeira, mas sim de plástico. Já a outra alega o oposto: os cabos dos seus pincéis serem de madeira e não de plástico. Na verdade as duas estão erradas, os dois materiais de alguma forma fazem mal a natureza.
Então você acham que uma serra elétrica pode ser ecologicamente correta? A resposta para os "marketeiros verdes" é sim. Basta alegar que funciona a base de eletricidade e não a diesel. Ou seja, não polui. Portanto cuidado com os discursos das empresas.
Normalmente as companhias, especialmente as petroleiras, praticam greenwashing por meio de campanhas, associando a sua logomarca a belezas naturais ou imagens ambientais, embora os seus produtos estejam relacionados com a poluição.
Em 2003, a FedEx, maior empresa de entregas do mundo, tomou uma atitude considerada ambientalmente pioneira: anunciou que começaria a substituir seus 30 000 caminhões a diesel por veículos híbridos. A mudança evitaria que 250 000 toneladas de gases poluentes fossem lançados na atmosfera por ano. Na teoria tudo parecia perfeito. O problema foi na prática. Passados os anos, a FedEx tem hoje apenas 93 caminhões híbridos, o equivalente a 0,3% de sua frota.
Um estudo realizado por duas ONGs internacionais respeitadas - a Consumers International e a Accountability - com 2 734 consumidores ingleses e americanos, revelou um dado preocupante para o mundo corporativo em relação ao marketing ambiental e o aquecimento global: mais de 40% afirmou não acreditar nas informações que recebem das empresas sobre o tema. Para contrastar, 60% afirmaram confiar nas informações que recebem de ONGs ambientalistas, como Amigos da Terra e Greenpeace. Ou seja, por mais que as empresas afirmem que estão fazendo de tudo para ajudar o planeta, o sentimento de parte dos consumidores é que ainda há muito "greenwash" e pouca ação de verdade.
Portanto, para não perder a credibilidade, as empresas devem adotar o marketing verde baseado num princípio básico: a transparência.
fonte: Portal Exame, Greepeace, Wikipedia, O Eco, SOS Mata Atlântica,
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